quarta-feira, 6 de março de 2019

De quando em quando, dou por mim


De quando em quando, dou por mim a tentar galgar muros de pedras gastas, na esperança de que o tempo não houvesse passado do outro lado, onde deixei ficar a primeira das minhas vidas. Mas a subida é íngreme. O tempo molestou-me a carne e o corpo perdeu a agilidade. Com as mãos em sangue e os pés trôpegos, vou escalando a custo o que ainda me parece ser tanto! Talvez devesse esperar um pouco, apanhar o tempo distraído de mim e fintar a vida que teima em me dificultar as coisas. Talvez devesse morrer primeiro e renascer depois. Começar tudo de novo...

Cleo

Sem comentários:

Enviar um comentário