quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
De tempos a tempos
De tempos a tempos, o tempo volta embrulhado no manto da saudade, e, qual incómoda pragana de centeio a picar na pele por dentro da camisola... O tempo impregnado de saudade, agarrado às paredes da alma.
E é tempo de invocar memórias de um outro tempo, que povoam o sótão das lembranças daqueles que as guardaram e delas se alimentam, quando já pouco mais lhes resta desta vida. As desimportâncias a encherem de sombra a solidão dos dias... E fala-se de gente que já aqui não mora, por via de se terem finado. Relembram-se episódios ocorridos há muito tempo onde alguém a tornar a este mundo, na lembrança e no dizer de outro alguém, por um coisito de tempo. Fala-se disto e daquilo, de tudo e de nada...
Enxota-se a saudade pra longe. Faz bem à alma, aliviando-a do peso do diabo do tempo que a carrega, e ao mesmo tempo, vai-se enganando a solidão dos que ainda por cá andam.
Cleo
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