quinta-feira, 16 de março de 2023


É como quem folheia um jornal antigo, encontrado por acaso numa prateleira de um psiché esquecido num quarto, que, desde o último ali falecido, não mais ninguém a usar a cama nem o guarda-fatos, nem o bacio guardado do lado de dentro da portinhola da mesa de cabeceira em cujo tampo, um despertador de corda com números luminosos ao pé de uma senhora de cabelo arranjado e a sorrir dentro de uma moldura, em cima de um naperon beje, de rosetas com linha fina.
De maneira que, abre-se o jornal, com notícias de há meio século atrás e, a acompanhar um texto mais ou menos longo, uma fotografia igual a esta, só que muito mais baça do que esta porque afinal a tinta já com tantos anos.
E também, quem sabe, talvez derivado ao desgaste do esquecimento disto tudo...


 

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