O marceneiro, á porta da sua oficina, a serrar uma tábua para aplicar na cama que está a fazer, porque a cabeceira já pronta e encostada à parede. A fazer-lhe companhia e a julgar. pelo que, décadas depois, acontecia com o sobrinho que lhe seguiu as pisadas, no interior da mesma oficina, os amigos do costume para dois dedos de conversa... Na janela de sacada, a dar fé do que se passa, a sua mulher, numa pausa das lides da casa.
O artista e a mulher, eram os donos da casa onde me criei, tios do meu pai, a quem criaram como filho, ensinaram a ser gente e lhe deixaram também a magra "fortuna"... Firmino e Guilhermina, dois nomes que me encheram a infância ainda que já lá não os encontrasse. Quer dizer, à tia Guilhermina ainda cheguei a conhecer e era capaz de jurar que me lembro ainda do aconchego do seu colo, para onde costumava ir, dado que a minha mãe sem vagar..
Em espírito, ainda hoje por lá permanecem os dois, a tomarem conta dela na nossa ausência...
Foto - Talvez dos anos 20/30 do século passado. *A casa onde me criei com o seu aspecto original. Construída pelo casal que mencionei no texto, cujas pedras ambos acartaram às costas! *
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