sábado, 16 de março de 2019
E depois de tudo... o silêncio.
E depois de tudo... o silêncio. A gritar as dores do corpo entorpecido de cansaços. A vida contada em meia dúzia de palavras. Mais um pouco de silêncio diluido num trago de licor e a alma a doer-lhe nos olhos rasos de água. Uma lágrima a despencar da pálpebra avermelhada e a vir morrer-lhe no lenço que tira do bolso do avental. Saudades dos seus que estão longe... O coração a palpitar descoordenado como diz no papel do electrocardiograma que foi buscar para eu ler. Nada de grave, qualquer coisa num ventrículo a preocupar-lhe o pensamento. Muda-se de assunto que tristezas não pagam dívidas, já dizia o ditado, e diz-se uma graçola e dá-se uma gargalhada e leva-se o cálice aos lábios mais uma vez para adoçar a boca e aconchegar o espírito. Fala-se de tudo e de nada mas com sabor a tanto,tanto... que ninguém é capaz de fazer ideia!
Cleo
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
Das Luadas, lembro-me das duas tabernas de um tempo remoto. A da "Poça", do Sr. Adelino e a do Sr. Cruz ao fundo do povo onde...
-
Das tantas histórias que me contava nas longas tardes que passavamos as duas, enquanto me penteava e fazia tranças, lembro-me particularm...
Sem comentários:
Enviar um comentário